English Woman's Journal - Trump viaja ao Reino Unido para segunda visita de Estado

Trump viaja ao Reino Unido para segunda visita de Estado


Trump viaja ao Reino Unido para segunda visita de Estado
Trump viaja ao Reino Unido para segunda visita de Estado / foto: Chris Jackson - POOL/AFP

Tapete vermelho para Donald Trump: o Reino Unido se prepara para mostrar na quarta e quinta-feira (17 e 18) todo o seu esplendor real para cortejar aquele que se tornará o primeiro presidente americano a receber as honras de uma segunda visita de Estado.

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A primeira, durante a qual foi recebido pela rainha Elizabeth II no Palácio de Buckingham, ocorreu em 2019, durante o primeiro mandato de Trump.

Com um itinerário que inclui sobrevoos, um passeio de carruagem com o rei Charles III e até um grande banquete de Estado no histórico Castelo de Windsor, o Reino Unido não poupará esforços para agradar Trump, que sempre se mostrou fascinado pela monarquia.

O objetivo parece ser manter o primeiro-ministro, Keir Starmer, em bons termos com Trump quando se reunirem na residência de campo do líder britânico para conversas sobre comércio, tarifas e a guerra na Ucrânia.

O programa planejado visa manter Trump longe das multidões e manifestantes: toda a agenda ocorrerá fora de Londres, onde se espera uma grande manifestação contra o republicano de 79 anos.

O líder trabalhista Starmer não é naturalmente alinhado ao republicano Trump, mas tem trabalhado arduamente para conquistar sua boa vontade desde que o bilionário voltou à Casa Branca em janeiro.

"Isso é realmente especial, nunca aconteceu antes, é sem precedentes", disse Starmer enquanto entregava pessoalmente uma carta do rei a Trump no Salão Oval em fevereiro, convidando-o para a visita de Estado.

- Roteiro majestoso -

O bilionário republicano — de mãe escocesa — expressou repetidamente seu apreço por sua última visita de Estado.

A próxima, agora que Trump revolucionou a ordem internacional desde seu retorno ao poder, é crucial para o Reino Unido, que mantém um forte vínculo por sua famosa "relação especial" com Washington.

O herdeiro ao trono, o príncipe William, e a princesa Catherine, iniciarão a visita com um alto nível de glamour, dando as boas-vindas a Trump e sua esposa Melania em Windsor na quarta-feira.

Depois, o rei Charles III e a rainha Camilla vão acompanhar os Trump com uma procissão real de carruagem, uma cerimônia militar e um sobrevoo de jatos de combate durante o dia, culminando com um banquete de Estado à noite. Trump também fará uma visita privada ao túmulo da rainha Elizabeth II, que faleceu em setembro de 2022.

Na quinta-feira, a primeira-dama Melania Trump, que raramente aparece em público, também terá sua própria agenda.

A primeira-dama fará uma visita à Casa das Bonecas da rainha Mary em Windsor com Camilla e participará de um evento educacional com Catherine, que tem retomado suas atividades oficiais de forma progressiva após lutar contra o câncer.

- Vias de fato -

Enquanto isso, entre Trump e Starmer, a política será o tema central. O primeiro-ministro tentará aproveitar o fato de que o Reino Unido foi um dos primeiros países a assinar um acordo comercial com Washington, o que evitou as piores tarifas impostas por Trump.

Trump, acompanhado por uma delegação de líderes empresariais americanos, se dirigirá ao retiro campestre de Chequers de Starmer, onde é esperado que assinem o que os funcionários britânicos chamam de "uma parceria tecnológica líder mundial" e "um importante acordo de energia nuclear civil".

A Ucrânia também será um tema-chave. Starmer é um dos inúmeros líderes europeus que têm persuadido Trump para continuar apoiando Kiev, apesar de um aparente alinhamento do republicano com o presidente russo, Vladimir Putin.

A Casa Branca afirmou que Trump levantará "a importância de o primeiro-ministro proteger a liberdade de expressão no Reino Unido", um tema central que o antigo aliado de Trump, Elon Musk, abordou em um discurso em um comício de extrema direita no Reino Unido no final de semana.

Outro ponto desconfortável é o escândalo do falecido Jeffrey Epstein, que tem assombrado Trump em seu país. Na semana passada, Starmer foi obrigado a demitir Peter Mandelson, o embaixador britânico em Washington, devido à sua amizade com o criminoso sexual.

S.Smith--EWJ