English Woman's Journal - Tribunal argentino decide futuro de julgamento pela morte de Maradona

Tribunal argentino decide futuro de julgamento pela morte de Maradona


Tribunal argentino decide futuro de julgamento pela morte de Maradona
Tribunal argentino decide futuro de julgamento pela morte de Maradona / foto: Juan MABROMATA - AFP/Arquivos

A Justiça argentina decidirá, nesta quinta-feira (29), se o processo que investiga as circunstâncias da morte de Diego Maradona deve ser anulado ou reiniciado, após o afastamento de uma das juízas por sua participação em um documentário não autorizado sobre o caso.

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A Promotoria, os demandantes e a maioria dos advogados de defesa pediram na terça-feira a nomeação de três novos juízes e que o julgamento, que busca definir se a morte do astro do futebol em 2020 foi um homicídio, fosse reiniciado.

Se o tribunal acatar o pedido, as 20 audiências realizadas desde março - nas quais mais de 40 testemunhas depuseram, provas foram apresentadas e as três filhas de Maradona testemunharam - seriam anuladas.

Sete profissionais da saúde são acusados de homicídio com dolo eventual pela morte de Maradona em 25 de novembro de 2020 devido a um edema pulmonar enquanto estava em uma internação domiciliar, se recuperando de uma cirurgia neurológica.

Caso sejam considerados culpados, cumprirão penas de entre 8 e 25 anos de prisão.

Os dois magistrados a cargo da acusação anunciarão um veredicto sobre o julgamento em uma audiência convocada às 12h desta quinta-feira.

- "Novo julgamento" -

A juíza Julieta Makintach se afastou do caso na terça-feira, após um escândalo provocado por sua participação em uma série documental sobre o caso, que foi parcialmente gravada no tribunal de San Isidro, 30 quilômetros ao norte de Buenos Aires, onde ocorre o julgamento.

A filmagem foi feita sem o conhecimento das partes. As imagens e os roteiros da série foram exibidos em uma audiência na terça-feira e o juiz renunciou imediatamente.

"Temos que fazer um novo julgamento. Às vezes é preciso dar um passo atrás para poder dar dois passos à frente", disse um dos promotores do caso, Patricio Ferrari, em uma entrevista na quarta-feira.

O promotor pede que "um novo tribunal" de três juízes seja "formado" e que o julgamento seja retomado "este ano".

O pedido da Promotoria foi respaldado por todas as partes, exceto por dois dos sete advogados de defesa, que propuseram a substituição da juíza por um novo magistrado e a continuação do julgamento.

Ch.Anderson--EWJ