English Woman's Journal - Biden viajará ao Havaí, onde incêndios provocam mais de 100 mortes

Biden viajará ao Havaí, onde incêndios provocam mais de 100 mortes


Biden viajará ao Havaí, onde incêndios provocam mais de 100 mortes
Biden viajará ao Havaí, onde incêndios provocam mais de 100 mortes / foto: Moses SLOVATIZKI - AFP

O presidente Joe Biden viajará ao Havaí na próxima semana para se reunir com sobreviventes e socorristas que ainda procuram vítimas dos incêndios que arrasaram o arquipélago e mataram mais de 100 pessoas.

Alterar tamanho do texto:

O incêndio, que destruiu a histórica cidade de Lahaina, em Maui, é o mais mortal nos Estados Unidos em mais de um século. O governador do arquipélago, Josh Green, alertou que o número de mortos pode "dobrar".

As autoridades do condado de Maui anunciaram na terça-feira à noite o balanço atualizado de 106 vítimas fatais. Dois mexicanos morreram nos incêndios, informou a chancelaria do país latino-americano.

Até o momento, apenas 25% da área afetada em Lahaina, no litoral oeste da ilha de Maui, foi rastreada por cães farejadores treinados para missões de busca por corpos, segundo Green.

Um necrotério provisório, com vários contêineres refrigerados instalados ao redor da ilha, foi criado pelas autoridades, que também convocaram funcionários do Departamento de Saúde para tentar agilizar o complicado processo de identificação das vítimas.

Biden e sua esposa, Jill, se reunirão na próxima segunda-feira em Maui "com socorristas, sobreviventes e autoridades federais, estaduais e municipais", anunciou a Casa Branca em um comunicado.

"Estou comprometido em apoiar o povo do Havaí em tudo o que precisar enquanto se recupera deste desastre", disse o presidente na rede social X, antes chamada Twitter.

- Identificação difícil -

O processo para identificar as vítimas avança lentamente. As autoridades coletaram amostras de DNA de 41 pessoas com parentes desaparecidos na tragédia.

Apenas cinco mortos foram identificados até o momento.

Funcionários do condado de Maui divulgaram dois nomes de vítimas fatais depois que as famílias foram notificadas.

Centenas de pessoas ainda são consideradas desaparecidas, mas o número diminui à medida que os sistemas de comunicação são restabelecidos na ilha.

Em Lahaina, que tinha 12.000 habitantes antes da tragédia, mais de 2.000 edifícios foram destruídos.

O presidente Biden assinou uma declaração de catástrofe natural para permitir a liberação de recursos às equipes de emergência e reconstrução.

A gestão da crise foi muito criticada e vários moradores afirmaram que se sentiram abandonados pelas autoridades.

- Negligência -

"O que aconteceu, na minha opinião, beira a negligência (...) Só estou aqui porque me salvei sozinha", declarou à AFP Annelise Cochran, uma mulher de 30 anos que sobreviveu às chamas ao pular no mar.

Quando se viu cercada pelas chamas em Lahaina, esta nadadora experiente não pensou duas vezes e, como centenas de pessoas, percebeu que entrar no mar era a única alternativa.

Ela passou de cinco a oito horas na água, agarrada à parede de pedras que margeia o final do calçadão, antes de ser resgatada.

Mais de uma semana após o incêndio devastador, as autoridades de Maui tentam proporcionar abrigo aos sobreviventes que perderam quase tudo. Quase 2.000 alojamentos (quartos de hotel, estabelecimentos Airbnb ou de particulares) estão acessíveis de modo gratuito para os residentes por pelo menos 36 semanas.

As polêmicas sobre a gestão da crise são cada vez maiores. Muitos moradores afirmam que algumas equipes de bombeiros não conseguiram atuar rapidamente porque os hidrantes estavam secos ou com fluxo muito baixo.

A operadora Hawaiian Electric também é criticada por não ter desligado a energia elétrica, apesar do elevado risco de incêndio e dos fortes ventos procedentes de um furacão que passava ao sudoeste de Maui.

Os incêndios acontecem em um verão (hemisfério norte) marcado por eventos extremos em todo o mundo, como os incêndios sem precedentes no Canadá, todos relacionados com as mudanças climáticas, de acordo com os cientistas.

S.Smith--EWJ

Apresentou

Um ano após êxodo, quietude invade ilha panamenha que será engolida pelo mar

Não se ouve mais o riso das crianças correndo pelas ruas estreitas de Gardí Sugdub. Tudo mudou desde que quase todos os seus habitantes indígenas fugiram há um ano desta pequena ilha no Caribe panamenho, que será engolida pelo mar.

Schwarzenegger surpreende passageiros do metrô de Viena com mensagem sobre o clima

"Aqui está seu diretor de mobilidade, Arnold Schwarzenegger, falando com vocês". Com este anúncio, o astro de "O Exterminador do Futuro" e ex-governador da Califórnia surpreendeu nesta terça-feira (3) os passageiros do metrô de Viena, chamados de "heróis da ação climática" por utilizarem o transporte público.

Oito meses sozinho em uma ilha da Polinésia para repensar a conexão com natureza

O biólogo marinho Matthieu Juncker viveu quase oito meses completamente sozinho em um atol isolado na Polinésia Francesa. A experiência serviu para conciliar a frieza dos dados científicos sobre os efeitos das mudanças climáticas com sua vivência emocional.

Tribunal alemão estabelece precedente climático, mas rejeita ação de agricultor contra grupo de energia

Um tribunal alemão rejeitou nesta quarta-feira (28) a ação por questões ambientais movida por um agricultor peruano contra a empresa de energia RWE, mas estabeleceu um precedente importante sobre a responsabilidade das grandes empresas por suas emissões de carbono.

Alterar tamanho do texto: